O volume de vendas no comércio varejista do Tocantins registrou uma queda de 2,0% em agosto, quando comparado a julho, conforme dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta variação negativa coloca o Tocantins entre os estados que mais sofreram com a redução das vendas, apenas atrás de Minas Gerais, que teve uma queda de 2,4%. Em julho, o estado havia apresentado um crescimento expressivo de 6,8%, evidenciando a volatilidade do setor.
Quando se observa a variação de agosto de 2023 em comparação ao mesmo mês de 2024, os dados são mais otimistas. O Tocantins apresentou um aumento de 15,2% no volume de vendas, posicionando-se como o terceiro estado brasileiro com o maior crescimento, enquanto a média nacional foi de 5,1%. Esses números refletem uma recuperação significativa em relação ao ano anterior, indicando um potencial de recuperação e resiliência do comércio local.
No acumulado do ano, o Tocantins apresenta um crescimento de 11,0% no varejo, e, na variação acumulada em 12 meses, a taxa de crescimento é de 10,3%. Esses dados ressaltam a trajetória positiva do comércio tocantinense, apesar das oscilações mensais.
No que diz respeito ao comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, bem como material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 1,9% na série com ajuste sazonal. No entanto, ao analisar a série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 7,1%, acumulando uma alta de 3,9% em relação ao mesmo período de 2023 e de 3,0% em 12 meses.
Segundo o economista e especialista em varejo, Antônio Carlos Silva, as quedas mensais, como a que vimos em agosto, podem ser atribuídas a fatores sazonais e a uma possível incerteza econômica. “No entanto, o crescimento ano a ano indica que o varejo tocantinense está se adaptando e encontrando novas oportunidades, o que é um sinal encorajador para os próximos meses”, disse.