O dólar comercial opera com forte alta perante o real, enquanto investidores aguardam o anúncio de medidas fiscais pelo governo. O único compromisso oficial do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira, 8, é a nova reunião para discutir o ajuste fiscal.
A semana também vai chegando ai fim com um tom de certa frustração no ar, depois que as autoridades chinesas anunciaram um programa de US$ 1,4 trilhão, ou ¥ 10 trilhões, para refinanciar a dívida dos governos locais –números que, aparentemente, não impressionaram os mercados sobre esse nova tentativa de apoiar a segunda maior economia do mundo e fazem o minério cair, o que também afeta o real. Além disso, alguns investidores parecem estar reduzindo um pouco do entusiasmo relacionado ao chamado Trump trade.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 9h15, o dólar à vista operava com alta de 1,13%, cotado a R$ 5,739 na compra e R$ 5,740 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,74%, a 5.752 pontos.
Na quinta-feira, o dólar à vista fechou o dia em leve alta de 0,03%, cotado a 5,6759 reais.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 14.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,739
- Venda: R$ 5,740
Dólar turismo
Venda: R$ 5,895
Compra: R$ 5,715
O que acontece com o dólar hoje?
A divisa norte-americana disparava em relação ao real, em meio a expectativas pelo pacote fiscal prometido pelo governo.
Inicialmente, o pacote de corte de gastos obrigatórios estava previsto para ser concluído na quinta-feira. O ministro Haddad tinha informado que as medidas poderiam ser anunciadas ontem, após uma reunião de Lula com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para apresentar as medidas a serem enviadas ao Congresso.
Segundo Haddad, o fechamento do pacote dependia de dois “detalhes “a serem decididos pelo presidente Lula. “Eu creio que a reunião de amanhã [esta quinta-feira] é uma reunião que pelo nível de decisão que vai ter que ser tomada por ele [presidente Lula], são coisas realmente muito singelas para decidir”, disse o ministro.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,56% em outubro, após alta de 0,44 por cento no mês anterior. No acumulado de 12 meses até outubro, o IPCA teve alta de 4,76%, contra alta 4,42% do mês anterior.
Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,53% em outubro, acumulando em 12 meses alta de 4,72%. (Infomoney)